segunda-feira, outubro 25, 2004

A meio-caminho

A MEIO CAMINHO
Letra: Tiago Torres da Silva/ Música: Pilar Homem de Melo

Intérprete: Pilar Homem de Melo no cd "Põe um bocadinho mais alto"

Vivo a meio-caminho entre Marte e Lisboa
A bordo de um vaivém ou nua numa canoa
Queimada das estrelas ou da chama do fogão
Perdendo a gravidade em dois tragos de Esporão.
Às vezes dou comigo em reuniões lá em casa
A enrolar cigarros nos segredos da NASA
Sempre a meio-caminho entre a paz e a Terra
Ergo a minha espada porque estamos em guerra.

Guerrilheira/ Estrangeira/ Em qualquer lugar/ A distância é o meu lar

Vivo a meio-caminho entre a feira de Cascais
E as etiquetas caras dos centros comerciais
Ás vezes de Manhattan, outras vezes talibã
Vestindo uma burka num exclusivo Pierre Cardin
De dia em Ipanema, de noite no Bairro Alto
Nem sempre de havaianas nem de sapatos de salto
Sempre a meio caminho entre a paz e a Terra
Ergo a minha espada porque estamos em guerra.

Guerrilheira/ Estrangeira/ Em qualquer lugar/ A distância é o meu lar

Vivo a meio caminho entre as nove e as dez
Parada ou correndo o mundo de lés-a-lés
Nuns dias anarquista, noutros dias liberal
Muitas vezes quaresma, muitas vezes carnaval
Numa hora quero chuva, na outra deito-me ao sol
Numas coisas Amália, noutras puro rock’n roll
Sempre a meio caminho entre a paz e a Terra
Ergo a minha espada porque estamos em guerra

Guerrilheira/ Estrangeira/ Em qualquer lugar/ A distância é o meu lar

Vivo a meio caminho entre um quadro de Rembrandt
E o primeiro raio que surge de manhã
Num ponto equidistante entre Cristo e Gandhi
Nem sempre Bethoveen e nem sempre Rita Lee
Numas vezes sou careta, noutras vezes imoral
Num instante feliz, noutro etcétera e tal
Sempre a meio caminho entre a paz e a Terra
Ergo a minha espada porque estamos em guerra

Guerrilheira/ Estrangeira/ Em qualquer lugar/ A distância é o meu lar

A MEIO CAMINHO (versão para o Brasil)
Letra: Tiago Torres da Silva/ Música: Pilar Homem de Melo

Vivo a meio-caminho entre Marte e a Lagoa
A bordo de um vaivém ou nu na minha canoa
Queimado das estrelas ou da chama do fogão
Perdendo a gravidade em dois goles de ilusão.
Às vezes dou comigo em reuniões lá em casa
A enrolar cigarros nos segredos da NASA
Sempre a meio-caminho entre a paz e a Terra
Ergo a minha espada porque estamos em guerra.

Guerrilheiro/ Estrangeiro/ Em qualquer lugar/ A distância é o meu lar

Vivo a meio-caminho entre a feira de Ipanema
E as griffes destinadas às estrelas de cinema
Ás vezes de Manhattan, outras vezes talibã
Vestindo uma burka num exclusivo Pierre Cardin
De dia na Paulista, de noite em Copacabana
Nem sempre de sapato e nem sempre de havaiana
Sempre a meio caminho entre a paz e a Terra
Ergo a minha espada porque estamos em guerra.

Guerrilheiro/ Estrangeiro/ Em qualquer lugar/ A distância é o meu lar

Vivo a meio caminho entre as nove e as dez
Parado ou correndo o mundo de lés-a-lés
Nuns dias anarquista, noutros dias liberal
Muitas vezes quaresma, muitas vezes carnaval
Numa hora quero chuva, na outra deito-me ao sol
Numas coisas Cartola, noutras puro rock’n roll
Sempre a meio caminho entre a paz e a Terra
Ergo a minha espada porque estamos em guerra

Guerrilheiro/ Estrangeiro/ Em qualquer lugar/ A distância é o meu lar

Vivo a meio caminho entre um quadro de Rembrandt
E o primeiro raio que surge de manhã
Num ponto equidistante entre Cristo e Gandhi
Nem sempre Bethoveen e nem sempre Rita Lee
Numas vezes sou careta, noutras vezes imoral
Num instante feliz, noutro etcétera e tal
Sempre a meio caminho entre a paz e a Terra
Ergo a minha espada porque estamos em guerra

Guerrilheiro/ Estrangeiro/ Em qualquer lugar/ A distância é o meu lar